A pesquisa coletiva de 2021 foi mantido o tema referente a pesquisa coletiva do ano de 2020, sendo ele: “Os perigos causados pelo material particulado atmosférico”, além disso, um dos principais objetivos foi o aprofundamento nos dados, a fim de obter resultados melhores e mais precisos. Os integrantes do grupo PET QA se dividiram de maneira igualitária em três grupos, cada um com uma função específica, foram eles: grupo de ensino, grupo de pesquisa e grupo de extensão. Todos eles possuíam tarefas bem importantes para o bom desenvolvimento da pesquisa, o grupo de ensino ficou responsável por criar experimentos lúdicos relacionados ao tema da pesquisa e voltados para o Ensino Fundamental e Ensino Médio, onde eles seriam demonstrados e explicados, com didática e linguagem de fácil entendimento, para conscientizá-los, além de enriquecer suas formações. O grupo de pesquisa se concentrou em monitorar os dados que eram disponibilizados diariamente no site da CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) referentes aos poluentes atmosféricos presentes em cidades selecionadas para o estudo, em determinados períodos do dia. Por fim, o grupo de Extensão encarregou-se de fazer a divulgação acerca da pesquisa nas redes sociais para a comunidade externa, como por exemplo, posts contendo explicações, informações e resultados. Para que fosse possível levar o conhecimento de forma ampla e obter maior visibilidade, foram selecionados 8 tópicos relevantes a serem abordados e publicados, nos quais foram respectivamente: Uma introdução sobre o tema, para que todos pudessem compreender sobre o assunto e entender sua importância; Uma espécie de dicionário que contém definições dos termos utilizados no estudo para melhor compreensão; Os principais poluentes encontrados na atmosfera e os riscos associados a cada um deles; Exemplos cotidianos de como os seres humanos podem interferir na poluição atmosférica, agravando de forma considerável os problemas já existentes; Efeitos da poluição atmosférica na biodiversidade, como é o caso dos animais aquáticos afetados pela chuva ácida, visto que a contaminação aumenta o pH da água, ou então, a vegetação que se danifica; Maneira na qual a poluição atmosférica está relacionada com o trânsito de veículos, onde fica evidente o potencial de emissão de compostos como monóxido de carbono, hidrocarbonetos, óxidos de nitrogênio, óxido de enxofre, entre outros; Maneira pela qual as queimadas contribuem para o aumento da poluição atmosférica, ressaltando o fato delas liberarem substâncias que podem ser altamente tóxicas, material particulado, além de prejuízos para fauna e flora; Efeitos da poluição atmosférica na saúde humana, mostrando que é capaz de gerar problemas de curto a longo prazo, como por exemplo, irritação em olhos e garganta até problemas pulmonares e cardiovasculares.

Foram selecionadas quatro (4) cidades do estado de São Paulo para que fossem observadas diariamente, são elas: Araçatuba, Cubatão (Centro), São Paulo (Marginal Tietê- Ponte dos Remédios) e São José do Rio Preto. Elas foram monitoradas desde o mês de Janeiro até Outubro de 2021, por três horários distintos (05:00, 12:00 e as 18:00). O monitoramento foi realizado por meio da plataforma da CETESB, onde foi possível encontrar vários dados relacionados ao meio ambiente, no entanto, foi utilizado apenas o campo de indicadores da qualidade do ar, que ao selecionar data e cidade, fornecia índices de, por exemplo, NO2, O3, MP 2.5 e o MP10, onde esse último se caracteriza como o objeto de estudo deste trabalho. O MP10, também conhecido como material particulado, na verdade é um nome para designar várias partículas que podem ser sólidas ou líquidas, como poeira, fumaça, névoa, entre outros. Sua verificação se dá pelo método gravimétrico e sua unidade é medida em µg/m3, pode ser encontrado em diversos locais, mas possui uma grande concentração nas proximidades de fábricas e indústrias. Os dados obtidos foram organizados e armazenados em tabelas e, a partir disso, foram plotados alguns gráficos para melhor visualização dos resultados. Com a análise dos gráficos com dados de Janeiro a Outubro referente às quatro cidades selecionadas, é possível notar alguns picos em determinadas datas, como por exemplo, na cidade de São José do Rio Preto, onde em meados de Agosto, foi notado um ápice de 110 µg/m3, ao final das pesquisas para identificação das causas desse episódio, pode-se dizer que esse fato não está relacionado a um incêndio de grande proporção, mas sim a conjunto de queimadas que ocorreram no dia anterior, provocando uma nuvem de fumaça que cobriu toda a cidade, dessa forma, a qualidade do ar foi classificada como “muito ruim”, haja vista que segundo a CETESB, o índice de qualidade considerada “boa” é de 0 a 40 µg/m3. Posteriormente, outro pico de mesma magnitude foi verificado nessa região ao final de Setembro, causando o surgimento de fumaça por boa parte de Rio Preto e cidades adjacentes, através de pesquisas foi verificado que a causa seria um choque de massas de ar quente e seca que resultaram em ventos fortes, favorecendo o surgimento e agravamento de queimadas. Em uma visão geral, todas as cidades tiveram um aumento relevante na quantidade de material particulado liberado na atmosfera a partir do mês de Agosto e uma queda a partir de Outubro, que em sua maioria estão relacionados com os episódios de incêndios, entretanto, considera-se também a possibilidade de ter alguma relação com o fim de determinadas restrições impostas pela pandemia da Covid-19, onde o Governo do Estado de São Paulo, mediante ao andamento da vacinação, anunciou o fim de restrições de horários a partir de 17 de Agosto de 2021, o que pode ter ocasionado um maior fluxo de carros circulando, consequentemente, maior quantidade de MP10 no ar.  Ao final da pesquisa, concluiu-se que bons resultados foram obtidos, além dos conhecimentos adquiridos por cada petiano no decorrer do ano, nas postagens feitas  nas redes sociais do PET QA (Facebook: PET Química Ambiental e Instagram: @petqaibilce), observou-se um alcance muito bom, elas atingiram cerca de 3.360 pessoas, com média de 400 pessoas por postagem. Em consonância, com esse trabalho, foi possível participar do CIC/UNESP (XXXIII Congresso de Iniciação Científica da Unesp - IBILCE/S. J. do Rio Preto), como apresentador e ouvinte, onde o Grupo PET foi selecionado para a 2ª fase, sendo colocado em uma posição de destaque, classificado em 5° lugar.